Conto os meus próprios contos
Para que ninguém os precise
Contar dos contos doutros não
Sei falar não adiantam tentar perguntar
O fulano o beltrano o sicrano? dos tais
Não posso dissertar é duro tentar
Corrigir meus erros matar meus vícios
Encobrir minhas faltas como posso
Tomar conta dos alheios ou vigiar os
Semelhantes? quero me aperfeiçoar em
Outra arte numa arte de nível bem
Superior universal infinita que
Eleve-me além do além do além
Preciso não ser descuidado com o
Descuidista pois pode aproveitar
Levar meu arado aí ai de
Mim como lavrarei minhas terras?
Como plantarei meu pomar ou
Encherei meu berçário de filhos?
Se perder o ancinho a enxada a pá
O regador meu jardim ficará
Desflorido os besouros não terão onde
Pousar as joaninhas voarão em vão
As abelhas nem pólen terão é por
Isso a pensar nessas coisas que
Não cuido das cousas doutros
Chamam-me de egoísta chamam-me
De vaidoso ambicioso nada disso
Sou não preocupo-me com os
Adjetivos pois sou cheio de substantivos
Não preocupo-me para não parecer
Medíocre tenho receio da mediocridade
Guardo meus contos bem guardados
Para evitar traças maus olhados
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