Arthur Rimbaud aos vinte poucos anos poeta simbolista
Deixou de lado essas ideias líricas tudo num barco
Ébrio porque desde cedo compreendeu a vida
Numa temporada no inferno já velho
Entorpecido ainda teimo com iluminações
Nessas ideias pois para mim ainda não
Deu para entender a própria existência
É bom quando o ser desde logo cedo põe em
Evidência a magia da percepção a áurea
Da liberdade a pureza da compreensão
Depois que tudo já é velho o pensamento
O sentimento o mundo a poesia torna-se
Em vão as galáxias tornam-se invisíveis
As flores perdem o perfume as borboletas
As cores o céu deixa de ser azul a
Chuva perde o sentido é a natureza
Velha sem verdor sem sabor é só
A sobrevivência da indiferença para
Aqueles como Rimbaud que hoje não
Surgem mais assim tão facilmente pois
Ao atingirem o pino do espírito a vida
Física não tem mais valor superaram
A angústia a agonia ultrapassaram em
Muito os limites da dor posso até dizer que
Já nem sofrem mais só não são
Felizes por perceberem que os semelhantes não
Conhecem a felicidade só não são felizes
Por perceberem que a felicidade dos iguais
É a desigualdade porão sótão catacumbas
Há muito tempo que precisamos de nos levantar
Iguais as crianças levantam ou do chão ou
As mãos grutas cavernas tumbas quanto
Mais cedo sairmos com a nossa percepção
Mais a nossa sabedoria nos causará felicidade
A vida mais representatividade
Mais razão mudaremos de lógica de
Hábitos todos com poesias plantadas
Nas raízes do coração
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