Meus pés estão manchados os dentes
Cariados os olhos embaçados
A barriga inchada tal qual barriga
D'água os cabelos raros calvície
Que antecipa o codinome de careca
De tio me chamam para velho
Senil caquético idoso falta
Um passo as rugas chegaram
Os músculos fraquejaram há dores
Por todos os cantos tomaram o lugar
Da alegria do sorriso do riso
Da felicidade dizem que é o tempo
Da idade quando chove no entanto
É que aumenta a tristeza não
Sinto aquele cheiro de terra molhada
Da grama do mato verde no fim
Da tarde a água fria me quebra
Os ossos a lufada de vento
Faz de mim um papel caramba
Aquele menino sonhador lá do Pau
Velho chegou à terceira idade
Mas não deixou de ser menino de
Sonhar com os rios com as arapucas
As cachoeiras continua pueril escala
Montanhas faz esconderijo no mato
Esconde tesouros porém hoje louva
Os besouros não os coleciona como outrora
Salva borboletas fica à janela
Descobre o quintal desvenda o
Terreiro diminui assim o mal
Sente saudades sente lembranças
De tristeza chora na recordação
Para aquecer o coração pensa
Num ninho de passarinho que
Um dia será sua eterna moradia
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