quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Desabafo dum mudo; BH, 0290102007. Publicado: BH, 0130602010.

Vivo aleatoriamente de maneira dependente
De fatores incertos sou sujeito ao acaso cada um
De mim é de forma casual fortuita acidental
Tenho comportamento anarquista sou pessoa
Partidária do anarquismo a teoria política fundada
Na convicção de que todas as formas de governo interferem
Injustamente na liberdade individual que
Recomenda a substituição do Estado pela cooperação
De grupos associados estou com a máxima de que
Toda propriedade é um roubo foi feita uma
Auditoria em mim uma auditagem profunda mais do que
O exame analítico pericial que segue o desenvolvimento
Das operações contábeis desde o início até o balanço nada
Foi encontrado que desse certo estava tudo errado tudo
Fora do lugar tudo ao contrário pois não tenho limite
Para nada não tenho limite na morbidez nem
Tenho limite na bizarrice não tenho limite na ignorância
Nem tenho limite na estupidez na realidade
Não existo pois não tenho a demanda nem a
Disposição de comprar tudo tal determinada mercadoria
Serviço como é feito por grande parte de consumidores
Minha procura é outra geralmente está dentro
De mim mesmo só que não sei exacerbar nesta
Procura não sei tornar mais áspero o meu desejo não
Sei tornar mais intenso o meu ânimo nem mais veemente
A vontade mais entusiástico mais caloroso o meu amor
Só fico mais violento é na vontade de beber o que faz agravar
A depressão avivar a angústia a ansiedade
É uma fase dentro de mim que não consigo transpor
Um complexo que não sei deixar atrás uma dor que
Não sei ultrapassar só sinto o mau exceder no meu
Íntimo se ainda fosse polpudo um ser considerável
De alma muito grande de espírito importante com
Importância de pensamento com sombra de vulto de
Ideia ideal vultosos saberia como me salientar
Diante da humanidade fazer sobressair minha chama
Meu fogo distinguir-se a minha luz evidenciar-se
Mas qual quando passo nem notável sou não sei
Ser saliente nem com mulher como posso querer salientar
Meu saber? nunca fui ressarcido pelo meu passado
Nunca fui indenizado pelos tapas na cara que já
Tomei compensado pelas surras? nada reparado
Pela humilhação de não ser iluminado nem acompanhar
O desenvolvimento dos demais irmãos? nada é a mesma
Falta de lucidez o mesmo excesso de sentimento mas
Não sei ser diferente ser igual a certos escritores que
Não escrevem sem o coração não consigo matar o
Meu sentimentalismo o que posso fazer é misticismo
Meu é metafisiquismo também sou pequeno sei
Que vale a pena pois tudo vale a pena quando
A alma não é pequena já dizia um poeta de além mar

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