Ruiu desmoronou caiu foi pior
Do que terremoto devastador furacão
Maremoto ciclone cheio de furor o amor
Dessa mulher me abominou tornou-me
Bizarro ser mórbido denso de terror
É que acreditei que era feliz
Sorria ria à toa era só sorrisos
Nem pensava em prantos choros não
Conhecia lamentações lamúrias nem
Ventos nem tempestades abismos procelas
Precipícios passava longe desses edifícios
Engarrafamentos gargalos dificuldades só
Os senti com o chegar da idade antes
Disso tudo para mim era só vaidade
Hoje como dói a realidade como a
Verdade machuca sangra sem piedade
Numa hemorragia sem par donde
O sangue escoa até matar a vida
Esvai tudo se vai me vou para
Ir ao fim com triste sina pois
Nem com dinheiro as mulheres querem
Saber de mim fogem espavoridas não
Deixam comprá-las mesmo que
Pague bem não querem se vender
Só para não me ter só para não me terem
Comigo fico a pensar que o fim é
Um pesadelo que parece não ter fim
Nem com a morte até hoje em
Meu peito meu coração virou ferida
Crônica não cicatriza as mágoas
Esquece as dores é uma ferradura
Cravada em carne viva em brasa que
Nada apaga a brisa do mar o sereno
Do céu o orvalho do ar nada deixa
Doer esta carne gasta flácida
Deste cadáver emoldurado pela ilusão
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