domingo, 14 de outubro de 2018

Do jeito que sou posso dizer que a vida não me lapidou; NL, 0140802008; Publicado: BH, 0250402010.

Do jeito que sou posso dizer que a vida não me lapidou
Não me poliu ou me facetou não me sinto menos 
Estúpido insensato imprudente penso que com o 
Tempo a vida vai me tornar apenas em cinzas
Donde não mais ressurgirei por não ter a vontade de 
Fênix não tenho o ânimo dos atletas olímpicos
Batedores de recordes colecionadores de medalhas de 
Ouro coleciono fracassos derrotas não me moldei
Na perfeição na competência não tenho da pedra a 
Consciência a determinação ou a resistência o meu
Fôlego é de carência de ronco de
Apneia entrecortado curto breve
Tal respiração de terminal sinto que já não
Apego-me mais à vida ao amor ou
À mulher pois velho sou um farrapo
Um pano roto que ninguém quer chorar
Choro de amargura temor se antes
Era inseguro hoje ainda não sei o que
Sou o que quero donde vim para
Aonde vou nunca busquei ser existir
É só no fim da vida bem tarde
Demais que venho refletir é triste amanhã
Passar apenas a ter um corpo sem sombra
Que já não ampara ou acolhe que já não
Possui energia ou calor chorar choro de
Pavor meu mundo está escuro tenho
Medo do horror que causo ao semelhante

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