Alfaiar meu olhar
Com a tua bela perfeita imagem
Guarnecer com tuas alfaias
Minhas retinas destruídas
Mobilar minha casa com a decoração
Do teu corpo estrutural
Dornar tudo que há em mim
Com a tua suave presença
Embelezar meu semblante
Com o teu rosto
Aformosear meu ser
Com a realeza do teu
Ao me sentir um alfandegado
Com regalias de alfândega
Em tua santa companhia
Apoderar-te de ti inteira
Como uma alfandegagem
Como cobrança de direitos aduaneiros
Por navegar com teu cruzeiro
Todo dia o ano inteiro
Com toda concessão regalias
Do meu alfandegamento a despachar
Armazenar o sumo do meu amor
Não te alfandegar para outrem
Deixar tudo aqui relatado
No meu diário alfarrabístico
Este alfarrabista velho antigo
Que prefere anotações novas
Recentes frescas tal madrugadas
Teu regaço será minha alfama
Meu bairro sossegado de judeus
Asilo refúgio na tribulação
Todas as nossas rupturas
Coser talhar em peças de vestuário
Trabalhar de alfaiate na costura
Alfaiatar as rasuras
Que nada pode nos balançar
Somos feitos de jequitibá
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