Também já fiz das minhas crueldades
Não posso esquecê-las tenho
Sempre que lembrá-las para poder me
Envergonhar de mim de vez em quando:
Já tive canário da terra em gaiola
Que morreu pois esquecia de
Por água comida já tive bem-ti-vi
Que não sei por que o enterrei
Ainda meio vivo quase morto desfalecido
Já enfiei pau de picolé em bundas
De tanajuras soltava as bichinhas
Para voarem com o pau no rabo já
Coloquei formigas cabeçudas para brigarem
Até morriam ali sem uma se
Desvencilhar da outra já derrubei na
Pelota do estilingue muitos ninhos
De beija-flores quebrei os ovinhos já
Fiz misérias joguei mosquitos nos
Aquários pros peixes comerem prendi
Moscas nas teias de aranhas amarrei
Passarinho pela perna que depois
Soltava com o cordão pendurado
Arranquei asas e pernas de besouros
Vivos são tantas maldades que
Algumas até esqueci os grandes
Carniceiros do holocausto ditadores
Africanos (Bokassa, Idi Amim Dadá) Bush
Pinochet Videla perto de mim eram
Verdadeiros anjinhos torturadores
Da ditadura brasileira Bin Laden homens-bombas
Mulheres suicidas perto de mim são
Verdadeiros santos fazia todas as
Atrocidades causava todas as desgraças
Nos anos inocentes de minha ingênua infância
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