Não faz mal não nem bem também pois pois
As palavras são assim mesmo umas pudicas
Outras profanas indecentes todas compostas
Por letras gestos a depender da performance
Do gestor as palavras são pias outras são pedras
Furam os olhos decepam as mãos tolhem
O espírito degolam a cabeça outras são
Paraíso céus adjetivos enchem a mente
De qualificativos o homem passa até a ter
Um objetivo sentido direção rumo destino
O sonho? a senha? o enigma? quem
Ousará a decifrá-los? quem terá audácia
Suficiente? fé também ainda coragem?
Não pois sou o Golias não o Davi o
Que sou o derrubado com uma pedrinha
Na fronte depois decapitado é o fanfarrão
Por terra o glutão o beberrão aos pés do anão
Na parede não tem o meu retrato não tem
Pulso meu braço nem tem saudade o
Meu coração de mim meu corpo não tem atrativo
Não tem encanto meu ser o meu peito frio
A ninguém é capaz de aquecer a culpa me
Levou ao abatedouro o touro arrastado pelos
Pés do centro da arena o sangue misturado
Com a areia sou é meu não é o
Toureiro não é do toureiro os que gritam
Olé não conhecem a dor do touro nem
Vislumbram a dor de ninguém acham que não
Têm que não dói mas dói dói de com
Força dói mais do que a dor fingida de Pessoa
Quem dera tivesse a verdade transparente
Nua crua pudesse fazer amor com ela
Como se fosse com uma mulher ou comê-la como
Se fosse uma fruta quem dera respirasse ar
Puro fora desse casulo vivesse satisfeito em
Paz homem conhecedor seguro dos atos feliz no amor
Superior pois não é muito querer evoluir
Safar-se da raia medíocre do cenário atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário