Não posso ter vergonha
Dos textos que componho
Cada texto deve ter a condição
De ser assinável sem medo
Sem rasura sem mata borrão
Não devo me sentir tímido
Diante das frases que vejo surgir
Nas folhas de papel diante de mim
Não devo me sentir sem siso sem
Noção sem juízo bom senso
Diante das palavras que
Lanço no papel devo ter
A prudência a designação
Dos dentes molares que
Nascem na idade adulta
Devo ter meus pensamentos
Iguais a estes dentes não
Posso me sentir assisado se
Não aceitar o que sai de mim
Quem aceitará? quero
A assistência devida a
Estes termos que ainda
Não sei para que servem
Sei que preciso de socorro
Ajuda duma ambulância
Uma presença atual para assistir
O conjunto de espectadores
Que vai decidir a definição
Do que está escrito aqui
Só um bom assistente
Uma boa parteira
Um médico que assiste
Ao meu ser doente
Determinado pela vontade
De não sucumbir perante
A plateia ávida curiosa
Para entender oque não entendi
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