quinta-feira, 7 de junho de 2012

Não tenho asas de anjo e caíram; BH, 0300801999; Publicado: BH, 070602012.

Não tenho asas de anjo e caíram;
Não tenho asa, a parte do corpo
De aves e insetos, alguns mamíferos
E peixes, de que se servem para voar;
Não voo nem com o pensamento e
Nem tenho plano de voo ou de
Sustentação de aeronaves; não tenho
O apêndice recurvado de certos
Utensílios, para se pegar no uso; a
Proteção que preciso, para sobreviver
Neste mundo indefinido seria voar,
Pois ninguém quer se arrastar para mim,
Fazer-me a corte e adular-me; querem é
Matar-me; me fazer bater asas e ir
Embora; querem é me cortar para
Restringir o pouco da minha liberdade
E toda a minha ação; alguém precisa
Criar, tornar independente, crescer,
Salvar a asa-branca, variedade de
Pomba branca e se perder numa
Última tentativa num voo sobre as
Florestas; isolar as áreas verdes com
Asa-negra, mineral resultante da
Decomposição dos anfíbios,
E largamente empregado como
Isolante, incombustível e infusível
Como o amianto; voltar às raízes
Verdadeiras, deixá-las em solo
Fértil; serão o ascenso da vida,
A ascensão do amor; o ascensor
Que vai guiar o elevador do voo
Sem asa rumo à esperança do futuro.

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