Sou um planeta situado a 100 bilhões de anos-luz
Deste sistema solar giro em torno duma estrela desconhecida
Em mim os cientistas já chegaram à conclusão não há
Capacidade de vida devido ao solo árido mais propício
A um deserto ao clima gélido com temperaturas insuportáveis
Abaixo de zero bem que gostaria de ser habitável
Com alma espírito ser nome perdido nesta imensidão não tenho
Certidão de nascimento nem mesmo um registro de pedigree
Como dalgum planeta cachorro minha friabilidade minha
Qualidade friável não são de qualquer friacho dum tanto frio
Ou de friagem de constipação que causa gripe
São defluxos do ser que pode reduzir-se em fragmentos
São do ente que se perde se esboroa com facilidade
Do espírito da frialdade da treva da frieza do desinteresse
Não há freudismo da doutrina pregada por Sigmund Freud
Áustria 1856 - 1939 método de análise psicológica
Que explica as minhas neuroses tanto as por influências
Psicossexuais recalcadas no inconsciente que a psicanálise
Tenta curar como as que carrego aqui agora comigo dentro de mim
O meu ego põe abaixo todo o complexo freudiano destrói
Qualquer tentativa de cura para as minhas doenças
Sou um frenopático padeço de frenopatia, a doença do frenopata
Pessoa que padece de alienação psicopata
Não será qualquer frenólogo ou frenologista tanto o versado ou o
Que cultiva a frenologia o estudo do caráter das funções
Intelectuais humanas com base na formação do crânio
Não sera o frenologista com todo o teor frenológico que diagnosticará
O viés do meu sofrimento haja teoria do frenologismo
Haja fuça de quem tenha venta haja focinho de quem tenha cara
Haja rosto de quem tenha face
A humanidade está a ficar fubica só a ser formada por pessoas sem
Préstimos que não têm frutescência tal à época do desenvolvimento
Das frutas dos frutos da sua maturação
Hoje o ser humano não é frutescente não é o que cria frutos
Pelo contrário é árvore imprestável
Hoje a raça humana não sabe frutescer muito menos frutificar
É por isso que somos ou pelo menos sou desta geração de Arthur
Bispo do Rosário
Só que a nossa enclausuração é dentro de nós mesmos não há
Perspectivas de cura quando teremos um mundo frutuoso?
Abundante em bons frutos? fecundante em civilidade útil proveitoso?
Quando será que teremos um planeta frutuário fértil em que
Tudo dê bons resultados? quando será que a nossa vida será uma
Frutose cheia de levulose doce como um açúcar de fruta?
Qual será o nosso fruto? quando será que preservaremos o
Produto comestível das árvores frutíferas o que será o nosso filho?
Qual o resultado da nossa prole? que proveito vantagem tiraremos dum
Modo de vida frutívoro? ao mudar para o hábito frugívoro desenvolvido
A mania do frutífago do que se alimenta de frutos?
Frutígero porém o homem só quer o fuá só gosta de conflito
Ama a briga a desordem vive desconfiado de que jamais
Nunca conhecerá a felicidade é por isso que o homem
Já está fulminado não está morto por faísca elétrica raio
Ou por outro agente que mata imediatamente
O efeito fulminador do homem é o próprio homem
A fulminação do homem não é o ferimento produzido
Pelo raio ou por qualquer outro tipo de faísca
O que irá fulminar o homem matar ferir destruir calcinar
Incinerar queimar aniquilar mas sempre com a ideia de
Rapidez à semelhança do raio será o próprio homem
Será o seu ideal fulminatório a ideia que fulmina será
O relativo fulmíneo brilhante destruidor o fulminoso
Não encontrará outro igual com tanta sede de morte
De fumar cadáver desprender fumo fumaça dos ossos
Esfumaçar entranhas pitar organismos
Cachimbar medulas aspirar cinzas de restos de corpos calcinados
Cigarros de restos mortais charutos cachimbos de esqueletos
Fumante de ervas daninhas pitador de seres nefastos fumador
De estúpidos no fumal de imprudentes impregnados de fumagina
Ignorantes com indultos fuliginosos espessos formados por fungos
Na superfície dos órgãos como as aéreas das plantas assim
Volto para a minha órbita fora do meu sistema solar
Há bilhões de anos-luz de distância de mim planeta desconhecido
Impossibilitado dum contato imediato
Publicado: BH, 0190602014
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