Antigamente duma levada duma sentada
Escrevia-se a noite a madrugadas inteiras
Sem respirar modernamente envelhecidamente
Sexagenário para desenhar uma letra para
Esboçar uma palavra um alquebrado para
Formatar um texto nem com todas as forças
Estranhas mover a mão de asilo em asilo
De albergue em albergue de mosteiro em
Mosteiro um velho rebelde a ser expulso de
Casas de idosos contra as expectativas
Dos expectadores a desviar a atenção dos
Telespectadores o público apupa-o a querer
Os resultados que não pode entregar vexatório
Refugia-se com receio de linchamento achincalhe
Escracho esculhambação dos que gostam de
Cobrar não gostam de ser cobrados são os
Maus pagadores das dívidas impagáveis tem
Contra si a humanidade inteira toda vez que
Apresenta as linhas tortas sem humanidades
Sem humanismos sem raças humanas sem
Seres humanos pois uma coisa que velho poeta
Tem contra si é a humanidade inteira é um
Levante geral é um paredão de fuzilamento
Total um motim sem fim malgrado pobre
A enveredar-se por essas sendas já sem
Sangue nas veias saliva abundante na boca
Coriza contínua nas narinas suor na pele
Calor no corpo só com fraturas nos ossos
De esqueleto de caveira abominável
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