De dia à noite tenho algo para dizer
Sem pensar de noite ao dia tenho algo
Para pensar sem dizer é o medo
É a covardia a angústia extrema
Do ser que não falo pois sempre fui
Mudo que nem enxergo pois sempre
Fui cego que absurdo de também
Surdo que o pior de mim é a burrice
A falta de inteligência a ausência
De sabedoria nulo em virtude morto
Na razão errado no raciocínio não
Tenho nenhum elo com a verdade
Meu grilhão é a mentira habito na
Masmorra do vício no calabouço do
Pecado o peso que curva minhas
Costas é o da falsidade já nasci
Vencido derrotado não conheci
Otimismo só pessimismo detesto
Pessoas educadas disciplinadas
Odeio gente formal certa brilhante
Tenho inveja por ser o único medíocre
Mesquinho hipócrita amarrado
Demais aos valores das cifras aos
Lucros do neoliberalismo da nefasta
Globalização sustentada amada pela
Mídia sou horrível tosco simplório
Piegas minto com banalidade vulgar
Sem escolher ocasião todos sabem
Que a herança da esperança não
Enche-me de ufanismo o bloqueio
Tira de mim qualquer sobra de vestígio
De fé ousadia coragem audácia
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