quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Quando a noite vem; Varanda da Marechal Marques Porto, 131; RJ/SD; Publicado: BH, 0170902012.

Quando a noite vem
A escuridão
Apodera-se de mim
Que não vejo a lua
Fico com medo
Começo a chorar
Porque somente a lua
Numa noite escura
Pode me ajudar
Pode me iluminar
Fazer-me companhia
Ao me consolar
Quando a noite vem
Não espero por ninguém
Só espero pela lua
Que vem clara
Que vem única
Que vem real
Espanta meus fantasmas
Espanta os maus fantasmas
As minhas assombrações
As minhas almas penadas
Quando a noite vem
A lua não vem com também
Morro
Transformo-me em finado
Viro um defunto
Viro um cadáver
A vagar na face da lua
Viro um lobisomem
Um monstro qualquer
Um corpo muito podre
Perdido na noite escura
Com medo da escuridão
Que me engole o ser
Que me mastiga por completo
Quando a noite vem
Só a lua
Só somente a lua
Clara alva
Resplandecente de luz
Pode me acalmar
Quando a noite vem

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