Estéril não estou grávido de nada estou vazio
Igual à minha vida vegetativa sem
Sentido nem estou grávido de razão
De frases célebres de sonhos utopias
Não geri obras-primas para entender a
Própria existência nenhuma atitude
Sei tomar sinto-me obstaculizado
O fato de ser tão empedernido cada
Vez mais bloqueia a minha criação
Perdi a percepção no dia em que
Nasci algo estranho apoderou-se de mim
Nunca mais me emocionei com a
Luz do sol morri para as estrelas
Nem a lua é mais sensacional
Para mim só encontro-me nas trevas
Só sinto-me bem nas sombras penumbras
Tumbas só existo em recantos sem sensações
Buracos grutas cavernas quero sempre
Voltar ao meu passado pré-histórico
À minha idade da pedra ao gênesis
Novidades futuro progresso causam-me asco
Catacumbas colônias de morcegos vida
De vampiro sangue fresco é todo o
Que alimenta minh'alma espírito
Culto à ultra violência missas aos meus
Demônios ( Sócrates teve os dele não
Posso ter os meus?) que me fazem debater
Igual ao peixe fisgado pelo anzol atirado à
Areia quente do deserto os espinhos
Estão todos cravados nas minhas costas
Com um fardo mais pesado do que
A consciência por cima meu sofrimento
É bem maior do que o de Jesus Cristo pelo
Menos é Santo filho de Deus feito à
Imagem de Deus por isso o sofrimento
De Jesus Cristo perto do meu é quase nada
Só teve o Satanás para tentá-Lo
No deserto tenho a humanidade
Toda os políticos a burguesia a elite
Bush a polícia a sociedade padres pastores
Todos a tentar-me por ser estéril
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