Estamos a passar
Não estamos a perceber
Abramos os olhos
Não estamos a envelhecer juntos
Uns dos outros
Não poderemos nos amparar no
Futuro no auge da senilidade no
Ápice da decrepitude estamos
No voo quando o calor do sol derreter
A cera que prende nossas asas
Nossos corpos cairão de encontro
Aos rochedos se fossemos sementes
Caíssemos em terrenos férteis
Deixaríamos boas ervas boas
Árvores que dariam bons frutos
O perigo é que ainda poderemos
Cair em espinheiros terreiros
Arenosos veios de pedras
Então tomemos cuidado uns
Com os outros amemos cheguemos
Mais perto é difícil quase
Impossível mas pode ser questão
De sobrevivência talvez de todos
Nossos passos daqui a alguns dias
Não caminharão sozinhos os
Passos daqueles que irão levar
Nossos passos estarão a bater à
Porta teremos que caminhar
Com os passos alheios nós
Que sempre pensamos que somos
Os tais orgulhosos ambiciosos
Muitas vezes estúpidos amparados
Então naqueles que cansamos
De desprezar em alguns casos até odiar
Nenhum comentário:
Postar um comentário