Não destruas a minha paz
Não destruas o meu amor
Nem destruas a minha vida
Não extermines a minha tranquilidade
Não acabes com a minha calma
Nem perturbes a minha serenidade
Não abales a minha segurança
Não balances a minha confiança
Nem prejudiques a minha bonança
Não me destruas
Não me mates ainda não
Nem me enterres agora
Não é que tenha medo
Não é que seja covarde
É que ainda durmo
Ainda estou a dormir
A sonhar a ter pesadelos
Não me abandones
Nem me desprezes
Não me ignores
Nem me mandes embora
Ainda não quero morrer
Ainda não quero sofrer
Deixes para amanhã
Deixes para mais tarde
Hoje ainda é cedo
Hoje ainda é hoje
Agora ainda é agora
Aqui ainda é aqui
Não destruas a minha existência
Nem faças a minha inexistência
Não apagues a luz
Da minha inteligência
Nem ponhas peso
Na minha consciência
Não afetes o meu intelecto
Não agraves a minha crise
Não apresses a minha decadência
Já entrei em falência
Já comecei a regredir
Não me forces a fazer uma loucura
Não me forces a soltar as rédeas
A deixar a peteca cair
Não me forces a perder a dignidade
A honra a moral
Não me forces a perder a personalidade
O caráter a palavra
Não me destruas por favor
Não me destruas ainda não
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