Sócrates era um autista
Era seu próprio mundo
Desprezou o mundo
A vida a morte
Tinha até um demônio
Que era só seu
Não era de mais ninguém
Conhecia o conhecido
O desconhecido
Chegou a tal estágio
Que nada mais o
Surpreendia a não ser
O dia em que
Não surpreendia o mundo
Acusado de que
Corrompia os jovens
Não se corrompeu
Como não puderam provar
Que corrompia a juventude
Preferiu desaparecer a ter
O caráter abalado
Sem ser deus
Chegou à perfeição
Sem ser humano
Chegou perto de deus
Desconheço outro que
Tenha chegado tão perto
De Sócrates ou com tal calibre
De coragem valentia ânimo
Sabedoria liberdade vontade
O que mais acabou-se junto
Com aquele copo de cicuta?
A humanidade ainda hoje continua
Menor do que Sócrates
Ainda está no útero do universo
Nunca aprenderemos com Sócrates
Que morreu para viver
Seguiremos o nosso medíocre destino
De viver para morrer
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