quarta-feira, 30 de maio de 2018

A morte; RJ, 080301992; Publicado: BH, 07092009.

A morte
Vem de barco
Breve ligeira
Silenciosa como o ar
Transparente clara
Acabou de chegar
Chegou aos nossos ouvidos
Molhou nossos olhos
Fechou nossas almas
Prantos choros
São linguagens cotidianas
Flores cemitérios
Funerárias papa-defuntos
A morte é o conjunto
É só solitária
É certa errada
Mete medo em todos
Não livra a cara
Não perdoa ninguém.
Chegou a vez
Não esperneia
Feche o guarda-chuva
Abotoa o paletó
Vamos nessa
Se sobe ou se desce
O elevador ninguém conhece
De lá nunca se voltou
Se é bom ou ruim
Se é bem ou mal
Só mesmo a conhecer a morte
Frente à frente
Tentar botá-la para correr

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