quarta-feira, 30 de maio de 2018

A obra-prima; BH, 080702006; Publicado: BH, 012092009.

Nunca escrevi uma obra-prima
Pudera como iria escrever
Uma obra-prima sem saber escrever?
Agora uma coisa sei toda obra
Que deixei para ser prima ou não
É maior do que sou ninguém é maior do
Que a obra ninguém é maior do que a poesia
Pois mais velho do que o que é mais velho
Os homens vão as obras ficam é por isso que
Invejo quem não pensa é por isso que
Tenho orgulho do ignorante do indiferente
Com mente corpo fechados não precisam
Sofrer para criar não precisam chorar para
Parir para eles o sim o não é uma coisa
Só o tudo o nada se confundem o
Aquém o além não representam nada mais
Do que representam para quem pensa
Para quem grita ais ao dar à luz para quem
Atingir a luminosidade a clarividência ou o
Entendimento é mais importante do que viver
A vida não é só a vida procurar viver
Várias vidas num único tempo o tempo
Por mais que seja tempo será sempre
Pequeno para quem leva uma vida ávida
De vida quem quer escrever para a posteridade
Chegar à eternidade pela obra tem que
Ser renegado maldito ser aquele em
Que não se espera nada dele um sem função
Perdido fora da razão ser o que menos fala
Ou emite opinião não recebe flores em vida
Nem parabéns no dia do aniversário
Ser aquele ordinário que toda mulher quer
Distância dele viver para a imortalidade
É assim culto à cultura culto à sabedoria à vida
À verdade extrema culto ao pensamento à alma
À toda fenomenologia do espírito

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