terça-feira, 29 de maio de 2018

Ao outro irmão; RJ, 02201201997; Publicado: BH, 0120602012.

Ao outro irmão
Simplesmente
Que na lembrança trago
A fazer no quintal
Arapuca para passarinhos
Que chorava sem parar
Pois haviam quebrado a minha
Fazias-me pular no rio
No lugar mais raso
Que para mim,
Parecia ser o mais fundo
Deixava-me afogar de brincadeira
Pois sabia que
Morria de medo de afogar-me
Não sabia nadar
Dava-me cascudos
Quando chamava-te de marreta
Ou de namorado da Zily
Hoje és doutor
Vives a vida que queres
Com a família que criaste
O perfeito conforto
De bom gosto saber
Cultura educação
Trabalhas sem parar
Para não deixares faltar
Tudo que projetaste
Para um futuro bem estruturado
És de todos o mais amado
Foste o mais bem preparado
Para enfrentares a vida
Com todas incongruências
Que o destino oferece
Que falta faz tua presença
No nosso meio
No nosso seio
Hoje me lembro
O quanto mamãe lembrava de ti
Nas orações que fazia
Penso que Deus a ouviu

Nenhum comentário:

Postar um comentário