A poesia morreu É a morte do poema Da ode dos sonetos Morreu a literatura Os contos os romances clássicos
Enterraram escurinho era um escuro direitinho Agora está com essa mania de brigão Parece praga de madrinha ou macumba De alguma escurinha que ele fez ingratidão Saiu de cana ainda não faz uma semana Já a mulher do Zé Pretinho carregou Botou abaixo o tabuleiro da baiana Porque pediu fiado e ela não fiou Já foi no Morro da Formiga procurar intriga Já foi no Morro do Macaco e já bateu num bamba Já foi no Morro dos Cabritos provocar conflitos Já no foi no Morro do Pinto acabar com o samba os livros As fábulas as parábolas
Onde estão os hinos As histórias os salmos
Os cânticos as cantatas? Ninguém ler mais
É a fobia aos livros imortais Aos grandes autores
Aos escritores clássicos Que nostalgia me dão
Que saudades tenho Se fosse Jesus Cristo
Ressuscitaria a poesia Que não pode acabar
Não pode ser enterrada Temos que voltar à origem
Salvar o que resta ainda Da destruição geral
Valei-me meu são Rimbaud Volta enquanto é tempo
Ninguém quer mais saber do saber É só apertar botões de teclas
Lá se vai a criatividade Cérebros enferrujados
Baniram a inspiração Todos estamos cegos
Perdemos a visão |
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quarta-feira, 30 de maio de 2018
A poesia morreu; RJ, 0210301995; Publicado: BH, 07092009.
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Bom,!!
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