quarta-feira, 30 de maio de 2018

Opus mórbido; Publicado: BH, 060902009.

Não sei porque o amor das prostitutas
Atrai-me a lama das meretrizes
É a minha cama as doenças
Do sangue contaminado das putas
Purificam-me o submundo é o meu mundo
Os ais dos homossexuais são para mim
Os meus ais as travestis fascinam-me
São das mulheres sujas os beijos que
Mais almejo procuro são às mulheres rotas
Alteradas que mais dedico meu
Amor bizarro meu comportamento anormal
Que causa asco ao normal que abala
As estruturas denigre as imagens
Corrói os testamentos atrai a mim
Tal qual um imã as mulheres lapidadas
As lavadeiras as que nenhum homem
Gostaria de amar beijo as chagas delas
Lambo-lhes as feridas chupo-lhes o pus dos
Tumores lavo-lhes os corpos carcomidos
Com as minhas lágrimas não sei porque
Este tipo de amor se revelou em mim
Pareço um dragão de comodo só gosto
Da carne quando está podre
Não sei porque só quero o amor das
Quengas mas não atraio o das gueixas
As luxuosas raparigas japonesas essas
Desprezam-me da cabeça aos pés
O cheiro delas não passam por minhas
Narinas são limpas saudáveis sorriem
São elegantes charmosas estéticas
Tudo isso me exorciza delas todas
Essa higiene expulsa-me gosto mesmo
É do lume do fogo fátuo dos cadáveres
Das mulheres perdidas

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