Texteiro de textos de tecidos de testamentos
Ainda mancebo apesar de já sexagenário
Passivamente como um bicho-preguiça
Vislumbra a chegada do fim não esboça a
Mínima reação lúcida não emprega o
Pensamento lógico não usa o raciocínio
Perceptível a despeito de viver longos anos
Com letras palavras pedras tijolos enrola-se
Sempre na hora de escrever um período
Rezar uma oração um terço ou cantar num
Hinário um hino de louvor qualquer nem o
Amigo Onã assíduo frequentador das palmas
De suas mãos abandonou faz décadas a
Deixar ainda mais solitário enrabichado
Com as próprias rabugices filhos quando
Está-se velho são iguais pernas para que te
Quero na atual conjuntura não os alcança
Nem em retas livres quanto mais nas
Sinuosidades das curvas mortais como
Quer entrar nesse campanário onde fantasmas
Nobres já encontram-se em confrarias com
Esses texteiros de textos de tecidos
De testamentos puídos? nem vai bater à
Porta mendigo se bater não será atendido
Se for atendido o que terá a acrescentar à
Confraria de tão elevadas assombrações?
Será enxotado do batente ectoplasma
Espumante espírito indigente claudicante
Descerá a soleira da quebrada em agonia
Em angústia feito um fisiológico ruminante
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