Olhai aqui neste relatório caligráfico quero deixar claro
Nestas caligrafias nestas formas de letras manuscritas nestes
Modos de escrever nestas tentativas de artes de bem à mão
Que adoro ler o califa Fernando Pessoa o meu
Soberano chefe espiritual como o dos muçulmanos
Só que os muçulmanos entendem compreendem o
Seu não entendo nem compreendo o meu
Não me penso não me encontro à altura dum
Dia entender compreender a poesia de tão elevada
Pessoa com tão elevado ser para mim como se fosse
Um calidoscópio um tubo cilíndrico vedado a ter no
Interior espelhos que refletem pequenos objetos de
Cores variadas a formar desenhos simétricos
Esquemáticos que variam à medida que se roda o tubo
Na mão é assim que me vejo perante a poesia dele é
Assim que me sinto diante dela para mim um cálido
Quente desejo de estupidez uma ardente vontade
De adquirir qualidade calidez de sabedoria poética
Entender o invólucro externo da flor periantada
A compreender o vaso de prata empregado na missa
Para guardar o vinho consagrado como se o vinho
Fosse a poesia de Fernando Pessoa ter às mãos copo
Alto com pé para o licor fino a caliça o pó os fragmentos
Da cal já utilizada com tamanho com capacidade com
Dimensão com diâmetro dum projétil de um tubo com
Calibre sem igual sei que não dá para verificar não dá
Para medir foge do devido do ato de calibrar do efeito da
Calibragem do teor calibrador que faz chorar um instrumento
Que faz encher o rosto de choro como se enchesse pneus de ar
Velas de ignição mas sou um calhorda sou uma pessoa sem
Valor um mau caráter nem mereço ser oportuno vir a tempo
A propósito acontecer acertar na mosca coincidir com a
Verdade entrar na calha da realidade calhar com a liberdade da
Calhandra pássaro da família dos mínidos na poesia do canto da
Cotovia do pequeno voo da calandra estou pior do que automóvel
Velho da década de 20 estou mais para carruagem velha do que
Para poeta para ledor de livros sou só esta embarcação só
Costeira de pequeno porte este calhambeque esquecido
Igual obra literária muito longa
Enfadonha num alfarrábio que
Causa arrepios aos ignorantes num livro grande antigo estúpido
Sou sim este calhamaço de qualquer suco este bagaço donde se
Fez escorrer líquidos para um lugar ou direção predeterminada
Estou destinado à calha ao rego geralmente de metal em mim
Não para nada a cultura feral dum almanaque as fases da lua
Os feriados as marés as festas só as profanas as religiosas nem
Acompanhado paro semanas meses e anos os dias perdidos no
Calendário na tabela na folhinha que indicam a vida o tempo a
Era a razão a metafísica o calembur o trocadilho o expediente
Insensível até me tornar caloso a produzir estes calos a calejar
Sem interesse do caleidoscópio calejado cego calefator o
Sistema com que se faz esse aquecimento contra o frio da alma
Que se encontra em recinto fechado sem contato sem a superfície
Quente calefação do coração untado de óleo alimentado do
Caldo que consta o verde de couves fervidas em água salgada
Com tempero de azeite a sentir o banhista que acabou de levar
Um mergulho forçado a borra que fica do suco extraído de frutas
Plantas de café não solúvel depois de coado outra substância
Ou a carne que se coseu perdeu a alimentícia a lágrima líquida
Do caldeu da cova lisa redonda formada pelos redemoinhos
No leito do rio da Caldéia a panela grande sem alça a caldeira
Prestes a explodir o caldeirão a transbordar pelo colapso da
Parte central dum vulcão de grande cratera produzida pela energia
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