Sinto meu ânimo arrupiar-se
Agastar-se contra aqueles
Que só sabem fazer o mal
Vou molestar a mentira
Irritar-me contra a maldade
Aborrecer-me contra aqueles
Que só querem a guerra
Nem ligeiramente a paz
Sinto enfadar-se em mim
A vontade de viver no meio
Dos que não sabem viver
Sinto encrespar-se minh'alma
Agitar-se feito o mar
Ao enraivecer-se contra os que
Lançam torpedos traiçoeiros
Em direção dos barcos perdidos
No crespo das sombras da noite
Meu amuo é eterno
Só vai emburrar empacar
Igual ao jegue teimoso
Arrufo sozinho aumento a rusga
Da desinteligência entre as pessoas
O barulho dos insensatos
A desordem dos anarquistas
Que nem mesmo o galho de arruda
Gênero de plantas odoríferas
Da família das rutáceas
Colocado atrás da orelha
É capaz de afastar ao afastar
Inclusive o que só quer pensar
Em arruinar destruir a humanidade
Causar ruína em todo lugar
Cair sem recursos
Ficar a perder-se sem esperança
De despertar em tempo
De ver na volta do mundo
O último rasto do vento
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