quarta-feira, 2 de maio de 2018

Acogulado de prazer; BH, 01001101999; Publicado; BH, 01201102012.

Acogulado de prazer
Tudo em meu corpo faz cogulo
Cheio em demasia
Louco para derramar em ti
Este leite de mandioca mansa
Enfeitado de açoiaba Espécie de turbante de penas
Usado pelos índios em suas festas
Todo o meu acoirelamento
Ao fazer divisão em coirelas
Para casais apaixonados
Na porção de terra cultivável
Comprida estreita
Medida por antiga medida agrária
Equivalente a 100 braças de comprimento
Por 10 de largura na courela no acoirelar
Não cortar os açoita-cavalos
Árvores da família das Tiliáceas
Nem ser o açoitador de ninguém
Sem torturar sem açoitar
Deixar amar quem quiser amar
Cortar a açoiteira
A ponta da rédea com que
O cavaleiro açoita o cavalo
Matar a fome com a acola
Antiga iguaria de chocolate
Farinha de milho
No inverno rigoroso
Acolar mais os corpos
Juntar as almas
Unir os espíritos
Adoçar as atividades
Acostar para proteger do frio
Da noite solitária
Do peito o coração acolchetado
Apertado mais seguro que colchetes
Permitir a felicidade habitar contente

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