Estou com fome meu amor não come
Estou com sede meu amor não bebe
Beijos estou com frio meu amor não
Aquece meu corpo no calor sinto
Arrepios calafrios me percorrem as
Costas sinto o corpo suar em bicas
Minha coluna treme não me
Sinto firme em cima dos pés minhas
Pernas fraquejam querem dobrar-se
Derrubar-me ao chão não bebi
Hoje latejo meu coração de
Lajedo nenhuma libido tórrida esfarelada
Para cada lado que olho enxergo o
Vazio um oco dentro doutro oco na
Pedra dentro do estômago amolo a faca
O bisturi que cortará a carne volto
A não sentir os sentidos volto-me de
Costas ando em círculos ao contrário
Anti-relógio não percebi o tempo passar
Enruguei-me todo encovei-me me
Vi um camelo uma única corcova
Um dromedário o deserto à minha
Frente era infinito não tinha uma
Caverna para depositar meus ossos
Meus olhos eram areia inclusive as
Lágrimas como chorar com fome
Faltou ter a força do amor para forçar a
Vida? como chorar com sede não tendo saliva
Para beber dos beijos dos lábios da mulher
Amada? deixei a pele escaldada
Não plantei rimas colhi versos
Não encontrei o remédio minha
Vida continuou no chão apelei
Para o veneno do escorpião
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