Pastor de sonhos, no deserto imenso,
Chamo o rebanho da imaginação.
E quase desfaleço, pois intenso
É o sofrimento da procura em vão.
Sou eu que, cumpro em dores a missão
De conduzi-lo, quase em contra-senso.
Até mesmo o cajado em minha mão
Desfaz-se em chamas no areal que venço.
Caminho para campos verdejantes.
Já ouço os cantos claros, jubilantes
Da vida que me chama quase em grito.
Já dei adeus à morte do deserto.
O bem que me conduz diz que, perto,
Floresce o amor em flores do infinito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário