Todos tentaram me ensinar os testamentos
O velho o novo só quis divertimento
Todos tentaram me ensinar a desvendar os
Mistérios os meus os alheios os enigmas
Os paradigmas os doxos os paradoxos
Só quis parar parei não saí mais do lugar
Todos tentaram me dar alguma oportunidade
Obstinadamente me fechei em mim
Isolei meu ego imolei todas as esperanças
Como antigamente imolavam-se os
Cordeiros em oferenda aos deuses hoje só
Arrependimento sentimento de culpa
Depressão hoje só consciência
Pesada remorso amargura maldição
Ao ver o tempo passar estou a voar junto
A envelhecer sem viver hoje só
Agonia um nó górdio de angústia
Um poço fundo de ansiedade de dor
A incerteza do futuro a falta de amor
É por isso que não consegui organizar
Minha vida igual a um compositor que
Organiza os sons na composição
Duma sinfonia em busca duma perfeição o
Grande escritor que organiza as palavras
Para gerar para nós belas obras-primas
O poeta que organiza o belo o oculto
Nos expõe tudo que está encoberto
Que olhar normal não é capaz
De enxergar foi uma pena todos
Tentaram por mim não encontraram
Nem respostas nem perspectivas só ossos
Nervos só fígado bílis só inveja
Ambição a devassidão da alma
Do espírito o apodrecimento do físico
A química sem fórmulas novas de
Fórmulas desconhecidas todos me apresentaram
Várias fórmulas porém não soube decifrar as cadeias
Várias fórmulas porém não soube decifrar as cadeias
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