Alguém aí para ensinar-me a sensibilizar-me a compadecer
Tanto da natureza quanto da raça humana quero tornar-me
Terno assim enternecer com as coisas até com aquele que
De tanto comer sofre de enterite a inflamação no intestino
Distúrbio entérico de tanta comida pois não tem o ajuste
Nem a combinação a opinião é vazia ambígua a razão
É desconhecida nem tem o juízo morre sem compreensão
Perdido sem entendimento é para esse que almejo levar o
Tino entendido o senso sabido o teor do compreendido
Do sabedor o dom do conhecedor até com aquela pessoa
Que constante ou esporadicamente tem relações sexuais com
Outra do mesmo sexo busco um parecer mas não para
Aparecer para estar de acordo com o regimento do universo
Para ter prática aptidão conhecimento dalguma coisa
Aprender a interpretar aprender a perceber a apreender
Compreender tudo possuir todo entender ser aquele que
Entende o entendedor sem enfastiar-se ou aborrecer-se
Por ensinar ou entediar-se por tirar alguém das sombras
Meu enteado é meu ente não um indivíduo em relação ao
Seu padrasto ou madrasta mas meu ser minha coisa meu tudo
Que existe em mim do amanhecer ao ocaso do início do dia ao
Aproximar-se da noite então ao entardecer ao fazer-se tarde
Nada indica mais surpresa ou espanto tudo serve para
Encorajar nesse caso é o nosso caso desde naquela ocasião
Do começo naquele tempo nesse então contudo continuo a tentar
Sem ter contado encontrar mas todavia apesar da dúvida a
Procurar contínuo neste meio tempo entrementes peça em que há
Figuras entalhadas ou entretanto a gravura a escultura em
Madeira não sou em carne osso em nervo tutano ou
Medula entranhas entanto o entalhe é a imagem só para
Entalhar esculpir em madeira o metal o espírito alma cerebral
Gravar com entalhadura resistir no entalhamento o Entalhador
Do universo que fez a obra numa talha o uivo de dor da vergonha
Faz-me engasgar serviu para meter-me em dificuldade não
Soube me salvar dos embaraços vivo como quem vive a
Meter-se em talas a se entalar num engasgo não saio dos
Apuros padeço no aperto no embaraço meu processo é o
De entaladela minha fala é entalada escondo-me de medo
Entre as taipas quero cobrir de taipa a minha covardia que não
Deixa-me iniciar uma conversa ou um negócio é o entaipar das
Trevas ocultas mas não quero dispor destas forças quero
Ordenar minha vida pôr em ordem meu mundo entabular
Assim uma questão de evolução inteligência sabedoria
Basta de entabuar a liberdade de guarnecer com tábuas o
Corpo livre solto leve liberto de cobertura de tábua do
Entabuamento fúnebre do féretro funesto da lápide aqui jaz
De silêncio de ensurdecer de ensurdecimento de cemitério
Chega a atordoar a tornar um ente surdo mesmo que esteja
Vivo ou morto batido pelo sol cadáver ensolarado enrolado em
Lençol corpo confuso defunto complicado que nem assim
Deixa de enrolar não quer apodrecer parece que foi
Embalsamado quer ficar conservado igual múmia de faraó
Dentro do sarcófago também ensurdecedor então choro de
Ensopar os ossos de encharcar os nervos de embeber em
Líquido o tutano como cozinhar em molho a medula deixar
Ficar molhado o miolo o cérebro então ensopado muito
Guisado na febre que aumenta o ensombrar no cobrir de
Sombras a fronte num entristecer de morte acabou-se assim
O soberbo o ensoberbecer-se do vaidoso foi o seu castigo
Não recebeu adestramento em vida não sofreu transmissão
De conhecimentos pela ação efeito de ensinar ignorante
Ninguém quer matar a ignorância com o ensino indicar a luz
Mostrar o caminho adestrar educar ensinar instruir dar ensino
As almas fogem fantasmagóricas dessas tarefas tenebrosas
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