domingo, 24 de fevereiro de 2019

Alguém aí para ensinar-me a sensibilizar-me a compadecer; BH, 028012030102002; Publicado: BH, 0601202010.

Alguém aí para ensinar-me a sensibilizar-me a compadecer 
Tanto da natureza quanto da raça humana quero tornar-me 
Terno assim enternecer com as coisas até com aquele que 
De tanto comer sofre de enterite a inflamação no intestino
Distúrbio entérico de tanta comida pois não tem o ajuste
Nem a combinação a opinião é vazia ambígua a razão
É desconhecida nem tem o juízo morre sem compreensão
Perdido sem entendimento é para esse que almejo levar o 
Tino entendido o senso sabido o teor do compreendido
Do sabedor o dom do conhecedor até com aquela pessoa 
Que constante ou esporadicamente tem relações sexuais com 
Outra do mesmo sexo busco um parecer mas não para 
Aparecer para estar de acordo com o regimento do universo
Para ter prática aptidão conhecimento dalguma coisa
Aprender a interpretar aprender a perceber a apreender
Compreender tudo possuir todo entender ser aquele que 
Entende o entendedor sem enfastiar-se ou aborrecer-se
Por ensinar ou entediar-se por tirar alguém das sombras
Meu enteado é meu ente não um indivíduo em relação a
Seu padrasto ou madrasta mas meu ser minha coisa meu tudo 
Que existe em mim do amanhecer ao ocaso do início do dia ao 
Aproximar-se da noite então ao entardecer ao fazer-se tarde
Nada indica mais surpresa ou espanto tudo serve para 
Encorajar nesse caso é o nosso caso desde naquela ocasião
Do começo naquele tempo nesse então contudo continuo a tentar
Sem ter contado encontrar mas todavia apesar da dúvida a 
Procurar contínuo neste meio tempo entrementes peça em que há 
Figuras entalhadas ou entretanto a gravura a escultura em 
Madeira não sou em carne osso em nervo tutano ou 
Medula entranhas entanto o entalhe é a imagem só para 
Entalhar esculpir em madeira o metal o espírito alma cerebral
Gravar com entalhadura resistir no entalhamento o Entalhador 
Do universo que fez a obra numa talha o uivo de dor da vergonha 
Faz-me engasgar serviu para meter-me em dificuldade não 
Soube me salvar dos embaraços vivo como quem vive a 
Meter-se em talas a se entalar num engasgo não saio dos 
Apuros padeço no aperto no embaraço meu processo é o 
De entaladela minha fala é entalada escondo-me de medo 
Entre as taipas quero cobrir de taipa a minha covardia que não
Deixa-me iniciar uma conversa ou um negócio é o entaipar das 
Trevas ocultas mas não quero dispor destas forças quero
Ordenar minha vida pôr em ordem meu mundo entabular 
Assim uma questão de evolução inteligência sabedoria
Basta de entabuar a liberdade de guarnecer com tábuas o 
Corpo livre solto leve liberto de cobertura de tábua do 
Entabuamento fúnebre do féretro funesto da lápide aqui jaz
De silêncio de ensurdecer de ensurdecimento de cemitério
Chega a atordoar a tornar um ente surdo mesmo que esteja 
Vivo ou morto batido pelo sol cadáver ensolarado enrolado em 
Lençol corpo confuso defunto complicado que nem assim 
Deixa de enrolar não quer apodrecer parece que foi 
Embalsamado quer ficar conservado igual múmia de faraó
Dentro do sarcófago também ensurdecedor então choro de 
Ensopar os ossos de encharcar os nervos de embeber em
Líquido o tutano como cozinhar em molho a medula deixar 
Ficar molhado o miolo o cérebro então ensopado muito
Guisado na febre que aumenta o ensombrar no cobrir de 
Sombras a fronte num entristecer de morte acabou-se assim
O soberbo o ensoberbecer-se do vaidoso foi o seu castigo
Não recebeu adestramento em vida não sofreu transmissão 
De conhecimentos pela ação efeito de ensinar ignorante
Ninguém quer matar a ignorância com o ensino indicar a luz
Mostrar o caminho adestrar educar ensinar instruir dar ensino
As almas fogem fantasmagóricas dessas tarefas tenebrosas

Nenhum comentário:

Postar um comentário