E sempre tentei escrever
Algo inteligente bonito
É uma eterna cobrança
Quando entramos nessa trança
Sempre pensamos que somos capazes
De escrever algo lindo belo
Lindo de se ler
Belo de se ver
Às vezes até paramos
Ao abrirmos nossos olhos
Vimos que não sabemos
Escrever nada de novo
Ainda mais bonito inteligente
Ainda mais belo lindo
Enchemos é o saco dos leitores
Se pensamos que temos alguns
Nossos leitores são as traças
As pulgas de livros
O mofo a deterioração
Ainda bem que não me iludo
Não mostro a ninguém
Algo que por ventura tenha escrito
Morreria de vergonha
De timidez de medo
Morreria de incapacidade
De falta de assunto mediocridade
Guardo bem guardadinho
Em lugar de difícil acesso
Onde ninguém vai encontrar
Meus sonhos realidades
Meus pesadelos também
Minhas esperanças soluções
Tudo que sempre tentei
Sem nunca concluir
Sem nunca sair do lugar
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