Então não mereço consideração
Só porque falais que sou um poeta
Sou mudo não digo nada
Sou surdo mas percebo que agis
Como se não merecesse consideração
Não sou uma obra de Rodin bem o
Sei nem sou um exemplar
De Michelângelo Da Vinci ou Dali
Mas aqui comigo cá dentro do
Meu ouvido sinto o marulho
Das ondas do mar sei quantas
São chamo-as pelos nomes
Conhecem-me sabem meu
Nome me chamam de poeta
As chamo de ninfas quando
Cantam nas pedras para mim
Decoro todas as canções escrevo na
Areia branca do luar as cantigas
Que gostam de afagar não sou
Ulisses mas sei ouvir o canto das
Sereias que vêm do fundo do mar
Fico encantado imantado mesmo
Iluminado louco possuído um Narciso
Pois me fazem sentir o mais belo
Dos elfos o mais potente dos eunucos
O mais ativo amante da estátua
Da mulher de sal tudo bem não
Tenhais-me consideração revireis
Os vossos globos oculares para dentro de
Vós mesmo me vereis aí nessa
Escuridão não adianta sou
Essa treva aí dentro mesmo sem
Ser levado em consideração
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