quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Estou com a cabeça num eixo não num elemento; BH, 070202002; Publicado: BH, 0201102010.

Estou com a cabeça num eixo não num elemento 
De composição que só exprime ideia de para fora
De fora exteriormente tal a exobiologia a Ciência
Que estuda a possibilidade de vida em outros
Astros já que em mim não existe vida meu
Coração quer parar devido a exocardite a vil
Inflamação da membrana exterior o mesmo
Que pericardite cujo sofrimento meu ainda
Aumenta mais na acentuação da exocistia
Atrofia da bexiga que não tenho como evitar
Minha vida é de exilária de gênero de algas
Aquáticas meu sinonismo é de morte de
Ruína de perdição exerço o exercício do exício
Dentro de mim guardei o espírito azarento a alma
Mortal o ser funesto dum ente exicial de cadáver
Não existencial é por isso que quero exerdar
De mim deserdar do meu eu a minha história
É menor do que o exergo a biografia cabe no espaço
Duma moeda ou medalha onde se grava a
Data ou qualquer legenda preciso nascer
De novo agora na força duma exérese
Numa brutal extirpação cirúrgica encerrar
Esta exerdação fechar de vez a deserdação
Da qual ambiciono pois almejo abrir mão de
Mim depositar numa êxedra distante
Num longínquo pátio de antiga sala de reuniões
Em semicírculo dotada de assentos minha
Herança de maldita executória de repartição
Que trata de cobrança dos créditos de certa
Comunidade tal Caronte cobrava na travessia
Em sua barca como não tenho com o que
Pagar podeis executar judicialmente os meus
Bens sou um devedor cedo carne ossos nervos
Para a excussão ter chance de continuar
Na divagação no além fantasma em digressão
No limbo ente em excurso excretado expelido
Do corpo evacuado sem inclusão em outro
Meio inclusive no meio dos vivos a manter
O temor sem computar a dor exclusivamente
A dor que não pode sentir que não é exclusiva
Nem impede a subversão da imagem
Nem a destruição do vulto ou excídio da silhueta
É esta a condição exceptiva a única cláusula fatal
Sair de mim que sou o mal sinto o mesmo
Que sente a excecária gênero de plantas tropicais
Da família das Euforbiáceas isto é nada soltar
Descobrir livrar libertar excarcerar eu de mim
É o único jeito meu gesto sempre foi o de encarcerar
Em mim hoje não temo o contrário corro de
Mim mesmo com exartrose com luxação de dois
Ossos reunidos por diartrose corro atrás de mim
Para me recuperar sem sentir a exartrema
Sentir a teima da esperança da desarticulação
Da exarticulação liberto do exarcado que sou
Dignidade de exarca delegado na Itália ou
Na África dos imperadores de Bizâncio quando
Já no fim da vida continuar apenas a ser ainda
Este esbranquiçado alvacento exalviçado quero
Exasperar meu medo irritar minha covardia
Agitar em demasia pois mais feliz belo
Do que a verdade só o exagitar da luz do
Dia o furor exagitado do poder de Deus o amor 
Muito agitado que exerce em salvar o homem 
Apesar do exabundante do pecado do numeroso 
Erro abundante vício de angústia agonia pânico

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