Tivesse assim visão sem nenhum bloqueio
Tivesse assim razão algum tipo de
Percepção não teria tanta amargura
Dentro do meu coração ai como me
Dói a mão a contra-mão como me
Dói a condição de ter decepada a mão
Nada posso fazer de nada sou feito
Poço com defeito seco árido cisterna
Sem o conteúdo da Capela Sistina
Mural apagado vitral sem luz ferida com
Pus infeccionada furúnculo social
Tumor cerebral paciente terminal
Sem paciência carne pútrida
Nervo arrancado sem anestesia
Tivesse assim virtude tomaria
Uma atitude faria um papel
De homem não mais afundaria
Com esta pedra amarrada no pescoço
Este peso acorrentado nos pés
Esta algema nas mãos
Alguém pode tirar este cérebro da
Minha cabeça me dá outro?
Alguém pode trocar comigo alma
Espírito ser? alguém quer
Mudar de ente comigo? sou
Parasita preciso de alguém para
Existir sou pária necessito de
Alguém para sobreviver mas agora é tarde
Já caí no buraco mais um cadáver na cova
Um corpo na sepultura joga terra por cima
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