Não terei sossego sinto que não terei
Sossego meu princípio no princípio
Chocou-se com o início do meu
Fim perturbado com o futuro vi
Minh'alma no escuro dum
Quadro sem luz colado na parede
Dum castelo medieval serei escravo
Dum senhor feudal dividirei com
Minhas terras bens família
Deitará com a perna por cima do meu
Corpo serei posse domará minha
Rebeldia com o calcanhar esmagará
Minha cabeça subjugará tudo de mim
Não quererei acordar para não
Entrar no pesadelo pensareis
Que morri pois não estarei em
Meu corpo quando for enterrado
Estarei distante a olhar enlevado
Os veladores a falarem mal a
Vomitarem meus defeitos a enumerarem
Meus pecados dirão infinitos
Que o Deus não terá nunca
Piedade de mim com o
Olhar cheio de piedade mas
Não quero sossego quero ser
Fustigado com espora ferrão
Quero ser chicoteado com vara
Abatido com cajado não
Quero ser consolado quero
Cabresto rédea ser pisado
Que o relho seja para carícia
Só quero sossego se for assim
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