Nasci numa enxerga numa cama mais pobre
Do que a manjedoura em que Jesus nasceu durmo até hoje
Num enxergão numa espécie de colchão muito duro que
Se põe entre o estrado o colchão da cama é este
Sofrimento é este padecimento que me faz enverdecer
É infeliz assim que torno-me verde ao enveredar
Para cobrir-me de verdura rejuvenescer gosto de
Entrar por uma vereda caminho por onde espelha-se a
Dificuldade dirigir meu destino com esperança
Não tenho competência nas coisas fáceis não demonstro
Envergadura nas coisas superficiais a distância
Que percorro é maior do que a que vai da ponta
A outra das asas duma ave ou dum avião
Maior é o envergamento do meu coração mais
Belo é envergar o meu espírito de razão vestir-me
De virtude ater o pensamento nas velas nas vergas
Vergar a mente sem se envergonhar da liberdade
Encher-me de vergonha só contra a injustiça
Humilhar-me só perante aos humildes para enxergar
Mais do que um visionário ver além do olhar
Até entrever pressentir o não sentido pelos normais
Pelos comuns mais do que um sensitivo ou um
Médium ou do que um que tem um sexto
Sentido perceptivo não obtive não quero mais me
Conformar com a equidistância entre mim eu meu
Quero possuir toda a igualdade de distância fugir
Das diferenças abolir a equidiferença o pensamento
Equídeo que faz o homem agir semelhante a um
Cavalo perdido desconhecedor da equidade
Ignorante da justiça natural igualitária
Que não defende a aplicação da justiça com o
Atender às normas rígidas da lei ou da jurisprudência
O parecer deve ser igual a um equiângulo venha
Donde vier é o que tem os ângulos iguais de visão
Comportamento contemporâneo mesmo com pessoas
Que não têm a mesma idade ou ser que não seja
Equevo da cavalaria ou da equitação para vir do
Que se refere a equestre a ir ao equatoriano
Ao equatorial natural do Equador até o estresse
Epilatório o distúrbio nervoso depilatório que acelera
Dum dia para outro a epilação do couro cabeludo
Quero mais é satirizar a crise fazer epigramas das
Síndromes epigramatizar os sintomas em breve
Composição poética de cunho satírico de dito
Bastante picante que nem no estudo das inscrições
Nem em toda epigrafia encontraremos um título ou
Uma frase que sirva de tema a um assunto a
Um epígrafe pois perdi a vontade de intitular não
Sei mais epigrafar a matéria não sou discípulo
Dum grande mestre procuro só ser aquele que
Pertence à geração seguinte um epígono de vanguarda
No fundo no fundo sinto a dor de ser um
Ser tão superficial sinto o peso de ter na consciência
Um peso tão fundamental que inibe-me não
Permite o envernizar da minha cara de pau
Apodrece a madeira de minh'alma por
Não conseguir cobrir de verniz o meu espírito de
Santo de pau oco de beato que nem o papa quer
Canonizar mas não quero nunca tomar o veneno
Da mídia prefiro morrer a deixar deturpar o
Sentido do meu pensamento jamais deixarei
Que venham perverter o conteúdo de minha
Mente se quiserem envenenar-me se quiserem
Ministrar veneno ao meu ente mostrarei o
Antidoto contra tanto envenenamento resistirei
Não serei o cadáver envenenado a não ser ao
Ter o meu motor como o do automóvel que
Sofreu alteração para ganhar mais potência
Energia vitalidade mais ilusão velocidade
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