Os deuses da poesia abandonaram-me
Estou triste não me querem por fiel
Fecharam as portas das igrejas nos bancos
Colocaram pontas de pregos as musas
Da poesia as santas desvirginadas
Defloradas pela arte não aceitam minhas
Libações continuo sem ser batizado pagão
Não me deixam respirar a respiração delas
Não querem meus cantos hinos louvores
Não aceitam minhas ofertas oferendas
Derramo o sangue no altar sagrado
Subo no púlpito não encontro
Lá para ouvirem minhas ladainhas estão
Cansados de mim. fugiram para seus
Bosques para os refúgios de suas cavernas
Meus poemas parecem ser feitos por Caim tal
É o pouco caso que fazem deles as frutas
Apodrecem as fumaças dispersam-se
Não sentem o aroma da minha carne
Queimada em homenagem aos deuses
Dos poemas musas das poesias já não querem
Mais fiéis a procurar um para adorar
Uma para oferecer uma obra onde
Estão todos? deuses não morrem não
Matei meus deuses não os ofereço elegias
Encho-os de triunfos em odes eternas
Em cânticos infinitos não os crucifiquei
Nem os preguei em cruzes depois
De serem relhados em vias públicas não
Precisam me abominar não os fiz reis
Com coroas de espinhos nem
Os matei a sede com vinagre
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