domingo, 10 de fevereiro de 2019

Na civilização burguesa elitizada; BH, 0220230802002; Publicado: BH, 0901102010.

Na civilização burguesa elitizada
A burguesia a elite agem como se fossem 
Um encarne o povo é a carne que se dá 
De comer aos cães para excitá-los a
Prear a espécie o encarnador que encarna nas
Figuras ou imagens que fazem o engaste entre
A irrealidade a realidade o encaixe entre
A mentira a verdade cria um entalhe
Como a abertura numa peça para encaixar
Outra desta pequena escavação vamos só
Para o fundo na nossa caverna de geração
Em geração o intelectual não é mais
Aquele ser encarecedor perde o sentido de
Elogiador de falar da cultura fazer cultura
É olhado igual a algo exagerador quanto
Mais a elite encardumar a civilização na
Hipocrisia na mediocridade quanto
Mais o dominador formar cardumes de
Imbecis idiotas por mais tempo dominará
A civilização com a elite passa-se a ideia 
De que a liberdade é um quadro encardido
O liberto é um sujo um imundo que só sabe
Encarapuçar-se para o lixo oferecido antes
Ser um produto do meio atual prefiro por
Carapuça na cabeça cobrir-me até os pés a
Encaranguejar diante dum fato que quer
Entravar-me não posso ficar com os membros
Contraídos como se fosse em virtude de
Reumatismo ou doutra doença prefiro
Reagir gostar de ter uma atitude prefiro
Rebelar-me a passar por alguém que só sabe
Encaramujar-se encolher-se como o caramujo
Num canto a entristecer a acanhar-se diante
Da grandeza da ignorância da estupidez
Dos que controlam o destino da civilização
Não nasci para ser tímido nem acanhado
Prefiro morrer a ter que viver tristonho
Encolhido como o caramujo encaramujado
Por não ser um sarado ou um galã diante
Dos refletores quero passar por mal encarado
Do que ser bem encarado nessa lixeira não me 
Importa nem interessa saber se sou o que
Tem boa ou má cara com o tempo passarão
Todos os advérbios que usam-se contra mim
Não tenho medo de acareação contra a morte
Juro-o estou aqui para olhá-la de cara a
Cara fitar até sustentar a encaração com
Total austeridade como se fosse encher-me
De brio ou capricho pois quando quero sei
Muito bem encaprichar-me também só
Não ando encapotado não preciso andar disfarçado
Nem envolto em capote ando no meio do encame
Saio ileso dessa malhada de javalis dessa choça
De covil de feras assumo a condição de encaminhador
Da humanidade um dirigente encamisado
Revestido de camisa sóbria branca da paz
Não represento mais o mascarado que se disfarça
Quero encamisar o papel de encampador de virtude
Fazer a encanação da razão revestir aquele
Que encampa o ato de colocar canos para escoar
O raciocínio aperfeiçoa o encanamento do pensamento
Quando a frustração quer encapoeirar-se dentro
De mim meter a tristeza na minha capoeira
Por não ser um representante que se enquadre
Nem no ângulo de visão duma mulher finjo
Endiabrar-me com brincadeiras penso em encapetar-me
Com ares de traquinas deixo de demonstrar o
Espírito encrespado de ente agitado como
Dum ser encapelado ou de encapeladura na alma
Não só o lugar onde assentam encapelam as
Enxárcias a certeza agora é perguntar qual
A nossa contribuição para a civilização? será
Que assim particularmente contribuo para
A civilização? qual a minha atitude participação
No contexto da civilização? preciso deixar de ser
Encapado de vergonha ou revestido de timidez
Coberto de densidade preciso deixar de ser tão
Condicionado parar de andar envolto em
Panos capas não posso deixar a burguesia encapachar
A civilização nem a elite cobrir com capacho
Humilhar com servilismo qualquer representante civilizado
Saúdo-a com a minha voz defendo-a com o meu coração
Salve salve a civilização

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