Quantas vezes dentro do sono desenhei teu rosto
Branco no rosto branco do luar sem sonhar
Quantas vezes quando as brisas voltam
Do mar quando é no mar manhã
Desenhei teu rosto branco no rosto do sol
Meu menino d'ouro mais branco do
Que a cal quero dormir em teus braços
Num abraço entrelaçado que seja
Um nó cego que sejamos um apêndice
Siameses xifópagos que um não consiga
Ir embora doutro nunca que
Ao morrer morramos os dois que
Ao viver vivamos os dois quantas
Vezes te vi chorar com essas lágrimas
Límpidas quis bebê-las mas o meu
Coração dilacerado embargava minha
Sede quantas vezes menino quis fazer
Um milagre mas milagres não existem
O único milagre em minha vida
Foste tu não posso te fazer feliz mas
Conformo com a minha infelicidade
Quando ficas indignado urras
Já sou um urso há muito tempo
Estou entocado nas cavernas a esconder-me
Dos caçadores de peles quantas vezes menino
Quis contar uma história bater um
Papo beber umas cervejas sem ser tão
Privado deixes-me enxugar teus olhos
Marejados força estejas em mim estarei
Em ti respiremos juntos soframos
Tenhamos consciência de que nada mais
Nos falta o nosso futuro está perdido neste
Nó górdio da forca que intrigou Alexandre
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