Pois não tenho instrução nos tempos de escola sofria
Ensaboadela dos professores repreensão nenhuma ensinadela
Ficava gravada na mente só sabia sozinho ensimesmar-me
Comigo mesmo concentrar-me em mim sofrer com o meu
Ente meu ser meu entidade minh'alma meu espírito no cérebro nada
Guardei como o armazenar do cereal ou forragem em silo não
Fui para ensilar ideia nem de construir ideal perdia o
Armazenamento os silos com as lembranças as memórias
Desviava de qualquer projeto de ensilagem que poderia causar
Numa boa oportunidade perdi toda ocasião própria que
Tentei desejar para me capacitar meu ensejo era de
Areia poeira pó cinza nuvens ventos esperava uma
Ocasião própria que não passava de sonhos ensejar para
Mim não passava de utopia aí nesta sedentária levada
Passei a engordurar untar sujar com sebo esta
Vida vegetativa a ensebar até para pensar a esperança
Não era mais uma angra o pequeno porto de tranquilidade
Transformou-se em ansiedade enseada de ânsia
Faltei só apoiar fuzil com a coronha no chão à
Feição duma trempe unindo-os na parte superior
Pelas baionetas atirar-me de barriga em cima
Delas era o emaranhar da agonia a angústia
Dobrar em sarilho o ensarilhar do desespero que
Não soube despachar num ensaque num ensacar
Mandar para o passado que quis voltar voltou
Para manchar de sangue o presente cobrir o futuro
Ensanguentar as vistas não enxergar o ensejo o
Excesso de pano que se deixa numa costura para se
Poder alargar a roupa cobrir o olho preto uma ensancha
Escura que até hoje não desvendou este ensaísta que gosta
De si auto-intitular como aquele que escreve ensaios
Que ninguém nunca jamais em tempo algum irá
Ler ninguém quer saber sobre dissertação de determinado
Assunto nenhum o ato de ensaiar para outrem ler ensaio
É melhor cobrir com saibro o balaio ensaibrar o cesto
Preparar a caixa para quê? exercitar à toa? tentar
Nadar morrer na praia? pôr à prova para provar
O quê para quem? é hora de meter em saco a
Viola lavar com sabão a mão sem ser Poncio Pilatus
É hora de ensaboar-se a língua abusar da ensaboadura
O tempo veio para enrugar a razão é para fazer rugas
É o enrugamento a vergonha que faz ruborizar até hoje o
Nu deixa rubro quem o vê e enrubescer quem é visto pelado
Uiva com enrouquecimento de rouquidão ao pedir o fim da fome
Uivar rouco no meio de lobos feridos enrouquecer por loucos
Gritar não ser atendido criar é muito perigoso mais do que
Agasalhar a criatividade prover de roupas a inspiração nua sem
Enroupar-se aí é encolher-se dobrar-se em forma desformes
De rosca por qualquer problema enroscar-se de dor falsa fingida
Sem solução nesta enroscadura meu coração não deixo não
Levo-o para longe de qualquer enroscamento de mim pois
É um coração meu não é de enrolar nem de se deixar
Enrolar não gosta de confundir outro peito para querer
Envolver-se só com transplante autorizado que já está
Dado tem medo de assumir a forma de rolo bolo tolo
Por causa do excesso de gordura deixar de ser sadio
Mas sabe encaracolar madrugada a beber cerveja gelada
Mas embrulhar semelhante primata enganar dobrar
Pela forma da força não nunca nem este conjunto pessoano
De fios enrolados em bobina em motor este enrolamento
Assim é o meu coração não se queima em enrolada
Não entra em enrascada pode ser usado para um
Emaranhar de rodilha para outro coração ajudar enrodilhar
Outro peito a aguentar um enroscar num tempestuoso
Pôr de sol num enrocamento servir de pedra num dique
Que forma alicerce de obras hidráulicas cais quebra-mares
Que pega firme enrocado coberto de penhascos de enristar
Contra a procela pôr-se em riste contra o tufão insistir
Todo dia para acalmar a ventania
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