terça-feira, 9 de outubro de 2018

Na verdade não quero; NL, 02601102008; Publicado: BH, 0180402010.

Na verdade não quero
Mais voltar a ser o que era
Antes sinto que não depende
Só de mim luto contra a vontade
Que não vem do meu ser
Às vezes não quero fumar outras
Não quero beber quando me dou
Por mim estou a decorar o
Primeiro botequim com um copo
Na mão uma garrafa no balcão
Só depois de bêbado embriagado
É que me sinto um cavalo no mourão
Um cachorro a virar latas um
Gato no muro a miar para a noite
Com medo de cair fico sem
Educação chato cheio de raiva
De ira com todo mundo o
Que não é minha razão no
Fundo a saber bem pouco de mim
Sei que não sou assim fico a
Querer apagar a inveja o
Orgulho a soberba duma maneira
Que vai contra a normalidade
Geral então me indisponho
Com todos por pura insatisfação
Por qualquer dá cá aquela palha
Está armada a confusão
Bêbado do jeito que fico me torno
Um meninão choroso cheio de
Remorso que não aguenta um
Safanão ainda bem que o Deus
Dos bêbados está sempre a segurar
Minha mão ou do contrário já
Teria até ido para debaixo do chão
Ilusão vaidade contradição viver
Fora da realidade vítima da
Falsidade não sei o que será de mim não

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