Preciso nascer arrebentar meu útero
Dilacerar o cordão umbilical
Florescer deixar algo que me faça
Sentir vivo ressuscitado com ardor de gênio
Não terei jamais a arrogância de Salvador
Dali que quis ser gênio na força na
Raça espero que comigo o caminho
Seja mais natural sem petulância
Sem pretensão pois se não tiver
De ser retornarei à minha caverna
Permanecerei lá acorrentado como
O estranho prisioneiro de sempre
Que sou preciso marcar um gol
Com a marca dos grandes artilheiros
Vibrar ao correr para a galera como
Correm os grandes jogadores ao marcarem
Os seus gols depois de viver morto por
Todo esse tempo espero paciente minha
Vez de ser Lázaro espero ouvir o grito
O barulho da rocha sendo afastada da
Entrada do sepulcro eu a voltar a
Mim para sentir o cheiro do ar as
Formas ocultas nos mármores das vastas
Montanhas de Carrara ao me libertar
Liberto esses espíritos dos abismos dou
Liberdade a essas entidades das pedras
A esses entes das rochas a essas almas
Das entranhas dos organismos dos elementos
Preciso de algo meu Deus que dê sentido
A esta minha vida que me faça sentir vivo
Seguro com fé acreditar que ainda
Pode ser possível uma nova estrutura genial
Que revolucione mais do que as de
Oscar Niemyer de Picasso ou doutros
Gênios que encantaram a humanidade com as
Conjecturas que facilitam o encontro da felicidade
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