sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Sou útil paro digo para mim mesmo sou útil; NL, 080901002008; Publicado: BH, 020502010.

Sou útil paro digo para mim mesmo sou útil
Não digo para outra pessoa pois não tenho
Para quem dizer quem interessará em
Saber que estou a dizer que sou útil?
Servi de repasto para feras em tempo
Em que tudo dava errado para
Mim quando que as coisas
Deram certo? nem Deus do céu sabe
Ele que me jogou no mundo nas
Agruras na crueldade do destino
Desde de menino tentei ser homem
O que formei foi uma utopia
Que trocava a noite pelo dia
Não acreditava no próprio
Sonho tudo que fazia destruía
Antes de fazer ou deixava inacabado
Como uma sinfonia sem fim ou
Um concerto manco um soneto
Cego um poema de bengala não
Presto mais atenção em nada vivo
De forma indiferente não me
Domo não falo de paixão desprezo
Sentimento a culpa é só minha
Que vivo de ilusão de irrealidade
A culpa é só minha que abraço a
Falsidade deixo o fingimento tomar
Conta de minhas palavras atos gestos
Comportamento depois de todos
Ouvirem o meu argumento se
Afastam a balançarem as cabeças incrédulos
Não querem olhar demonstram que têm
Medo de transformarem-se numas
Espécies de estátuas de peças de
Arquitetura de obras de museu
Do absurdo que o artista não quer assinar

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