Até hoje inda encontro-me adormecido
Este réptil ignóbil vil rastejante
À maneira do grande lagarto
Da cor do lagarto mutante
Alagartado de tromba de elefante
Desejo apenas uma alagoa
Uma pequena lagoa insignificante
Que meu alalá seja troante
Grito de alegria de aclamação
Com todo o teor de minha mutação
Debaixo do sol que deixa-me alagostado
Da cor da lagosta avermelhado
Pela vergonha de minha alalia
Diminuição perda da articulação
Das palavras por paralisia dos músculos
Nervos respectivos
Mas a alamanda não tira não
Deixe-a aí no quintal
É planta ornamental
Da família das Apocináceas
Não encontro-me mais
Alamarado guarnecido
Perdi os alamares
Na beira do rio
Sou só o lambari solitário
O pequenino alambari abandonado
Na corredeira do rio largo
Que não acordou do sono
Do pesadelo alabirintado
Com sonhos tortuosos
Lembranças confusas
Memórias sinuosas
Labirintos infinitos
Onde era presa eternamente
A ignorância a apatia a
Estupidez da falta de poesia pois
Até hoje me sinto adormecido
Com o coração na hibernação
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