Na dúvida na depressão
Na incerteza na solidão
Ninguém sabe o que se passa
Dentro do meu coração
Olhais para mim como se olhásseis
Para um esboço de desrazão
Um ser disforme perdido
Alguma coisa sem noção
Não tenho a fidalguia alcacerense
De quem nasceu em Alcácer
No seio de Portugal
Não sou nem habitante
Nem sou tão natural
Um homem de alcacereno
Manso como o sereno
Nada de alcachofrado
Imitante à alcachofra
Bordado em forma de
Alcachofra-dos-telhados
Planta da família das Crassuláceas
Plantação de alcachofral
Ou quase a se fazer um imitante
Não quero me tornar crespo
Não quero me tornar áspero
Ter as bordas de encrespador
A alcachofrar minha alcáçova
A fortaleza que vai me resguardar
Meu castelo antigo medieval
Estou para um pé de alcaçuz-da-terra
Sou um arbusto da família das leguminosas
De divisão Papilionáceas o mesmo que
Raiz doce quero ser usado como um
Alcadafe de barro ou um aladefe de
Madeira o vaso sobre o qual o taberneiro
Mede o vinho apara as verteduras
Quero ser o vinho aquecedor
Estar dentro das pessoas
Como se estivesse num ninho
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