O que faço não tem nada de novo
Faço poesia velha sem radicalismo escrevo
Não tiro o efeito de nenhuma palavra erudita
Poesia é impacto emoção forte adrenalina muito
Sangue na veia pulsação poesia é quebra
De protocolo ruptura de padrão destruição de
Estilo poesia é iconoclasta cosmopolita clássica
Não faço mais nada além disso não sei falar
Fazer oratória ou discursar não sei inovar
Ao tentarem me enquadrar não encontrarão
Moldura tese tema teoria sou só assim poeta
Mais nada sou é o que penso repenso
Certo não serei que vou dizer para falar
De mim sou mudo não tenho língua
A voz some nada sai da garganta fico com
A boca seca áspera emito sons do período
Jurássico o que faço não é novidade
Nem dá para aperfeiçoar não é visto como
Arte muito pelo contrário ninguém quer se
Interessar mas não posso parar a poesia precisa
De mim eu dela um dia vou me acabar
Outro substituirá o meu lugar para garantir
A eternização da poesia já ouvi não é realidade
Não é verdade de tudo já ouvi mas não
Quero saber a não ser o de continuar a verter
Fluir florescer até que venha a desfalecer não
Gosto de pouco sou ávido guloso insaciável
Quem não gostar paciência data vênia excelência
Como dizem aqueles vagabundos lá daquele congresso
Lá podre cheio de vermes quem causa mais mal
Ao povo? a poesia ou aquele bando de inúteis?
Quem dá mais prejuízo à nação? a poesia ou
Aquele covil de ladrões? da poesia o povo foge
Dela agora falou que é apologia às drogas ao
Crime a tudo que não presta o povo valoriza
Mais vide como o povo correu brigou apanhou pelos
Bens do mega traficante Abadia é uma vergonha
É assim que agimos na falta da poesia viramos
Bestas políticos esquecemos o bom comportamento
Demostramos nossa brutalidade asperezas falta de
Educação a poesia pede a tua atenção
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