O que me move é a desrazão
O que bombeia meu estúpido coração
È uma paixão não-humana não
Pode ser de humano esta paixão
Insana que deixa-me insensato
Com ares de imprudente atos
De psicopata que vive impunemente
Estou a andar por aí tropeço
Bato com os pés no chão piso
Na lama depois da chuva
Escorrego no lodo das calçadas
Escoro nas paredes encosto-me
Aos muros sento-me no vão da
Ponte fico a olhar as águas
Do rio quero ser assim também
Inorgânico frio sem nervos sem
Sangue incondicional o que
Mata-me é ser humano é ter
Os sentidos que não gostaria
De ter possuir os sentimentos
Que não gostaria de possuir
Então tenho por meta a desrazão
O rolo compressor o trator a
Máquina a moto-serra o fogo
Que destroem o deus os santos
Que não atendem as rezas as
Orações nem fazem milagres
Construirei um altar à ela a
Elogiarei serei um evangelizador
Pregarei a desrazão a todo coração
É nela que está a tábua da
Salvação é ela a âncora a
Boia o braço que irá me estender a mão
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