quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Llewellyn Medina, O fantasma de minha velha professora de química; BH, 0310102010.

O fantasma de minha velha professora de química
Povoa meus sonhos
E invade sub-repticiamente minha realidade
Faz-me lembrar da sala de aula
Do velho Colégio Estadual

Entre uma fórmula e outra
A mestra intimava seus discípulos
A voltar um dia
Para a cidadezinha do interior.

O fantasma de minha velha professora de química
Parece cobrar-me a cada momento
E não me deixa esquecer que há sempre Minas
Com seu horizonte interrompido por um morro conhecido
(Os morros de Minas são todos iguais)
O cheiro do colonião que enfeita o campo
(Em Minas o colonião é imemorial).

O fantasma de minha velha professora de química
Faz-me lembrar
Que as cidades de Minas são todas iguais
Que as cidades de Minas são todas iguais
Que as cidades de Minas são todas iguais
Por isso Minas é Gerais
E o fantasma de minha velha professora de química
Povoa meus sonhos
Meus sonhos de Minas Gerais
Quem há de me livrar deles?

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